quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Os políticos homossexuais da Alemanha


gaybrasil.com

Nas marcas do passado, os nazistas perseguiram os homossexuais do pais. Entretanto, hoje a situação mudou drasticamente. A política contra qualquer discriminação que se desenvolveu na Alemanha após a Segunda Guerra atingiu um nível de se admirar. Nunca houve na história do pais uma quantidade de políticos que assumiram em público sua homossexualidade como tem ocorrido nos últimos anos.

O primeiro foi o atual prefeito da capital Berlim, Klaus Wowereit, do partido social-democrático (SPD). Antes que os boatos se espalhassem, logo que assumiu a prefeitura, esse jurista de 50 anos pôs em risco toda a sua carreira ao declarar sua homossexualidade numa conversa pública há tres anos, com a frase que se tornou famosa no pais: "Queridos camaradas, eu sou homossexual e está bem assim."
Klaus Wowereit foi o exemplo de coragem que outros políticos seguiram. Ele provou que ninguém mais será penalizado por "revelar o grande segredo". Em Berlim ele se tornou um ídolo, não somente dos homossexuais, como também da classe proletária.

Tem demostrado um profissionalismo invejável, o que faz com que nenhum hetero se atreva a criticá-lo pelo fato de ser gay. Apesar da alta discrição de sua aparência, o prefeito não se esconde; participa dos eventos como Chistopher Street Day (CSD) e pode se visto nos bares e cafés gays de Berlim.

Outro nome é Volker Beck, presidente do Partido Verde, que desde os anos setenta tem se empenhado em campanhas homossexuais com objetivos pacifistas. Ele é um dos responsáveis pelas alterações na Constituição do pais no que se refere à legalização do casamento entre parceiros do mesmo sexo, com todos os direitos que os heterossexuais têm. Volker Beck possui aquilo que falta a outros políticos homossexuais: coragem de abrir a boca em qualquer ocasião, quando se trata de lutar pela igualdade. E por essa razão, não é de se admirar que outros políticos não simpatizam com ele, pois Volker mostra que não motivos para se fazer de submisso por ser gay. Ele é o pioneiro em fazer carreira política pelo fato de ser homossexual.

Ole von Beust, atual prefeito da rica e sofisticada cidade portuária de Hamburgo, nunca declarou abertamente na imprensa, mas tampouco negou quando o perguntaram se era homossexual. Hoje o pais todo sabe. Embora para um cristão tradicionalista e convencional como ele, do partido da Direita, isso não seja visto com bons olhos. Entretanto, os colegas conservadores do partido aceitaram o fato sem maiores problemas. Porém os homossexuais da cidade não o têm com o mesmo carisma que os de Berlim pelo seu prefeito. Ole von Beust é acusado de não desenvolver nem incentivar programas a favor do casamento entre parceiros do mesmo sexo, entre outros programas gays. Entretanto, Ole von Beust torna-se o ídolo de todos que são apenas "um pouco gay" ou seja, dos mais discretos e quietos, pois os mais agitadores da cena de Hamburgo apenas o criticam, dizendo tambem que ele é o tipo que só conta e assume a verdade, quando realmente não há outro jeito. Mas de uma forma ou de outra, esse prefeito também faz parte da lista dos corajosos políticos homossexuais assumidos.

Guido Westerwelle, presidente do partido Neo-liberal, seguiu o conselhos dos amigos íntimos e o exemplo dos outros colegas e revelou sua homossexualidade. Mantem-se entretanto como o mais reservado de todos.
A Alemanha (junto com a Holanda, Bélgica, Islândia, Suiça, Hungria, Suécia, Noruéga, Dinamarca e Finlândia) torna-se um pais com uma aceitação cada vez maior no que se refere à Homossexualidade.

A Alemanha não é somente um dos paises mais ricos da Comunidade Europeia, como também apresenta uma das melhores qualidades de vida social e cultural do mundo! Disso pode-se concluir que, pelo visto, a Homossexualidade nada deturpa nem impede a evolução e o progresso como podem afirmar talvez alguns norte-americanos fundamentalistas cristãs, alguns seguidores das palavras do Vaticano e alguns extremos islamistas.

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